Harmonização na Odontologia

Saiba mais sobre esse campo de atuação e a importância em procedimentos que vão além da estética.

Com atuação na área odontológica há 25 anos, o cirurgião-dentista, André Cidrão conquistou o mercado cearense e além de atender seus pacientes em clínica localizada na capital, Fortaleza, também é professor de cursos de especialização e aprimoramento em odontologia, por todo o Brasil.

Dr. André Cidrão define a “Harmonização Orofacial” como um conjunto de procedimentos minimamente invasivos que levam o paciente a ter uma harmonia entre a beleza intraoral e extraoral, aumentando principalmente a autoestima, consequentemente levando à um estado de saúde. Pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.

O cirurgião-dentista acredita que estética e função sempre andam de mãos dadas na Odontologia. Segundo ele, apenas 1% dos procedimentos na Odontologia são estritamente estéticos. “Tudo começa pela avaliação intraoral e extraoral do paciente. Para se ter uma ideia, a ausência de um dente na região posterior da arcada do paciente, pode induzir a um excesso de força de determinados grupos musculares, levando o paciente a desenvolver inclusive assimetrias faciais”, afirma o especialista.

Logo após a avaliação e planejamento do caso, o cirurgião-dentista pode lançar mão da utilização dos tratamentos de Prótese, Ortodontia, Dentística, Implantodontia, Periodontia e Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, bem como a utilização de Procedimentos Minimamente invasivos como a utilização da Toxina Botulínica e Preenchimentos Orofaciais, Bichectomia, Fios Faciais, Utilização de Enzimas Lipolíticas na região Submentoniana, sendo este procedimentos sempre baseados em estudos antropométricos, cefalométricos e computadorizados, através da utilização de imagens dos pacientes, podendo ser utilizados individualmente ou em conjunto para levá-lo a uma situação de Harmonia e Beleza, além de estabilidade funcional na região Orofacial.

Ainda segundo André Cidrão, para um profissional dentista começar o trabalho na área da harmonização é preciso se preparar e ter formação em cursos com profissionais gabaritados e de larga experiência técnica e científica existentes no mercado. “As áreas intraorais, já são bastante estudadas pelos profissionais em formação (graduação), bem como por pós-graduados (aperfeiçoamento, especializações, mestrado, doutorados e pós-doutorados). O grande “x” da questão é a associação dos tratamentos intraorais, associados aos extraorais.

Hoje temos vários cursos de Imersão em Harmonização Orofacial, ensinando exclusivamente protocolos de utilização na área extraoral, as vezes sem nenhuma relação com a intraoral”, explica Cidrão.  Segundo ele, o profissional deve lembrar de dois pontos: primeiro que é um dentista, com formação completa em crescimento e desenvolvimento crânio facial, logo deve trabalhar associando as duas áreas – a intraoral e a extraoral; o segundo ponto: é preciso tratar as causas, e não as consequências, bem como refinar os tratamentos intraorais com os procedimentos extraorais. Hoje já existem cursos de Especialização na área, reconhecidos pelo órgão maior da educação no Brasil, o MEC. Para Cidrão, em pouco tempo, também será reconhecido como especialização pelo CFO.

De acordo com o cirurgião-dentista, a utilização da Toxina Botulínica para diminuição da Hiperfunção dos músculos faciais e de sustentação da cabeça é um procedimento bastante efetivo, no controle da dor, relacionada ou não a hiperfunção (as cefaleias primárias hoje também são controladas através da utilização deste fármaco, inclusive as enxaquecas – migrâneas), pois já foi comprovado que existe relacionamento causal direto às patologias dentárias e Maxilo-mandibulares. André Cidrdrão explica que Os apertamentos Cêntricos e excêntricos, também são outra área de atuação da Toxina Botulínica. “O Bruxismo é multifatorial, porém podemos controlar as consequências do mesmo com a utilização desta.

As Hiperfunções Massetéricas, com hipertrofia uni ou bilateral dos mesmos, também são amenizadas estético e funcionalmente com seu uso, e mais recentemente o controle da DOR em pacientes com DTM diagnosticada por profissional especialista. A Toxina não trata DTM, porém controla a sintomatologia, até para que haja uma melhor adesão do paciente ao tratamento”, pontua o cirurgião-dentista. Relaxando-se os músculos hiperfuncionados relacionados à mímica na Face, pode-se evitar a consequência desta hiperfunção: as rítides faciais, apelidadas de rugas (nota-se que é realizado o tratamento da consequência, e sim a causa, logo deve ser encarada como um tratamento funcional de repercussão estética, bem como o relaxamento do masseter em casos de hiperfunção do masseter uni ou bilateral).

Hoje, existe um rol bem maior de procedimentos em estudo, todos respaldados cientificamente, na literatura mundial. Já quando o assunto é preenchimento ou Fios Faciais na Odontologia, deve-se pensar principalmente nas teorias de envelhecimento facial, que passam pelo envelhecimento da pele, músculo, gorduras e osso. O reposicionamento correto das estruturas envelhecidas faz com que haja uma melhor finalização nos tratamentos reabilitadores intraorais, bem como, especificado na Resolução CFO 185/93, no seu artigo 60: “…harmonização da Face no complexo Maxilo-mandibular…”. Além de repor volume perdido pelo envelhecimento, pode-se fazer compensação de deficiências de causa traumática, genética ou funcional. A estimulação de morfodiferenciação celular através da utilização dos fatores de crescimento autólogos obtidos via Venopunção seguida do processamento sanguíneo, também são importantes armas na nova e atual Harmonização Orofacial.

Para André Cidrão, todos os pacientes com estado de saúde geral controlada, além das contraindicações específicas: Gestantes e Lactantes, alérgicos às substancias ativas e albumina, no caso exclusivo funcional, sem exclusão formal de idade, havendo a indicação correta e estético funcional, acima de 18 anos, com estado psíquico dentro dos padrões da normalidade(evitar pacientes com distúrbios como o dismorfismo) podem realizar procedimentos em harmonização.

Segundo a lei maior da Odontologia, a Lei de número 5.081 de 1966, que rege a profissão, o Cirurgião-dentista é prescritor e injetor de produtos e medicamentos destinados à Odontologia, comprovados cientificamente pela literatura mundial. De acordo com André Cidrão, é permitido ao profissional Cirurgião-dentista diagnosticar, planejar, e tratar, dentro da sua área de competência legal, para realizar uma Harmonização Orofacial.

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